
A presença de arsênio no arroz tem gerado debates, em particular após um levantamento da Healthy Babies Bright Futures (HBBF) que detectou arsênio em todas as 145 porções de arroz analisadas nos EUA.
Acima de 25% dessas porções exibiram teores de arsênio inorgânico maiores que 100 partes por bilhão, excedendo os patamares indicados. Arroz e suco de frutas são vistos como os maiores responsáveis pela exposição ao arsênio inorgânico, uma substância nociva. Profissionais, como Lawrence Goodridge, declaram que a prioridade deve ser diminuir o risco de contato e aconselham a ingestão consciente desses alimentos. Keith Warriner complementa dizendo que o arsênio está por toda parte e não dá para evitar completamente.
Em vez de cortar o arroz, dá para usar táticas para amenizar o consumo. Certas sugestões incluem escolher bem o arroz, como cozinhá-lo e variar a alimentação com grãos com menos arsênio.As crianças são mais sensíveis, já que o contato com o arsênio inorgânico pode prejudicar seu progresso e aumentar o risco de enfermidades na fase adulta.
AS CRIANÇAS CORREM O MAIOR RISCO
Por isso, alimentos de arroz para bebês devem ser dados com cautela, alternando com outros grãos. Essa dica também vale para o leite de arroz e o suco de fruta para crianças com menos de dois anos, e na gravidez, pois a exposição ao arsênio pode afetar o bebê. É válido lembrar que nem todos os tipos de arroz possuem a mesma quantidade de arsênio; tipos diversos e áreas de plantio podem mexer com esses teores.
O arroz integral, por exemplo, tende a ter mais arsênio do que o branco, pois esse item se junta na casca. Logo, recomenda-se maneirar no consumo de arroz integral e achar um meio-termo entre a absorção de nutrientes e o contato com o arsênio. O arsênio é um item que se encontra na natureza, mas pode ser inserido por ações humanas, como o uso de venenos.